domingo, 31 de agosto de 2008

AS DECLARAÇÕES DE JOE BERARDO, QUE FIZERAM JARDIM PERDER A PACIÊNCIA...


'Jardim Gonçalves faz-me lembrar o Salazar, que também fez um bom trabalho até certa altura e depois não soube sair pela porta grande. Foi de cadeirinha de rodas'...

'A administração anterior fez especulações do mercado para aumentar os lucros para beneficiarem dos lucros a que tinham direito a 10%''O meu problema não é o que eles ganhavam, foi a maneira como enganaram os accionistas para serem ainda mais remunerados do que deviam ser...

'...Mas estavam tão considerados como o tipo de máfia intocável, eu chamei diversos nomes àquelas pessoas´... SIC Notícias, 18 de Julho de 2008...

'Senhor engenheiro, você quer um conselho de administração que seja controlado por si para continuarem a pagar as suas extravagâncias, esqueça-se, isso não vai acontecer se eu andar por aqui...

'Alguns membros do Conselho de Administração fizeram irregularidades''Disseram-me ontem à noite que as despesas de decoração e obras na casa dos administradores são pagas pelo banco. Pela mesma companhia do Goes Ferreira' SIC Notícias, 3 de Dezembro de 2007...

'Eu já estou farto das mentiras dele como fundador da instituição. 'O Jardim Gonçalves levou desta instituição centenas de milhões de euros' RTP, 29 de Outubro de 2007...

'A minha preocupação é afastar Jardim Gonçalves do banco. Se ele gosta da instituição, devia sair já'Ele já foi a ovelha branca mas, agora, é a ovelha negra. Ele que vá em paz... enquanto pode. Os guarda-costas, os carros, o Tagus Park, aquilo é quase tudo dele... Tem uma vida de Papa''Visão', 18 de Outubro de 2007...

'A gerência fez aquelas manipulações todas para poder ganhar os 50 ou 60 milhões''Jardim levou para casa perto de 50 milhões de euros, oficiais (...) Aquilo é um ninho, como se diz na Madeira, um ninho de ratos''Jardim Gonçalves quer deteriorar outra vez a situação para que consiga voltar ao poder e continuar a ter as vantagens financeiras individuais para ele próprio. Eu já pedi uma investigação e chamo a isto uma fraude de colarinho branco''Ele só usa aviões privados. Quem é que este senhor pensa que é? SIC Notícias, 7 de Agosto de 2007...

'Jardim Gonçalves já não tem uma boa memória, pois diz que não me conhece. Deve estar a sofrer seriamente da doença de Alzheimer''Expresso", 4 de Agosto de 2007...

'Não sei como é possível a CMVM, o Banco de Portugal, os accionistas ainda apoiarem Jardim Gonçalves depois destas mentiras todas''Continuam a pagar a esse senhor seguranças, 40 seguranças, carros blindados, etc. Se o Jardim Gonçalves sabe alguma coisa tem de dizer aos accionistas' 'Jornal de Negócios', 2 de Agosto de 2007...

'Ele não é o dono do banco. Ele já tem setenta e tal anos de idade. Fique em casa, a cuidar das galinhas ou não sei quê. O tempo dele já passou' SIC Notícias, 1 de Julho de 2007 'Jardim Gonçalves deveria deixar o banco progredir e não seguir o exemplo da Igreja, onde se elege um líder para a vida' 'Diário Económico', 17 de Maio de 2007.

Artigo publicado na edição impressa do dia 9 de Agosto de 2008, Caderno Economia, página 8 ( Exppresso )

sábado, 26 de julho de 2008

"OPA de um BCP desgovernado teria destruído o banco BPI"

"OPA de um BCP desgovernado teria destruído o banco BPI"


PEDRO FERREIRA ESTEVES
Banca. Mais de sete meses depois de se ter desvanecido completamente uma união entre bancos rivais, o processo ainda gera emoções. Fernando Ulrich, presidente do BPI, explicou ontem porque não está arrependido de ter rejeitado uma OPA com um preço mais de 60% acima do valor actual Os accionistas do BPI deixaram de ganhar muito dinheiro por terem rejeitado a oferta pública de aquisição (OPA) do BCP - a meados do ano passado -, depois da recomendação nesse sentido do conselho de administração, presidido por Fernando Ulrich. A operação foi proposta a sete euros, as acções do banco valem agora cerca de 2,50 euros, menos 60%, após meses de forte abalo provocado por uma crise financeira sem precedentes. Está Ulrich arrependido? "Fosse a sete, 10 ou 23 euros, estaria hoje profundamente arrependido se tivesse contribuído para que o BPI fosse destruído por uma entidade desgovernada, gerida da forma como está agora a ser reconhecido publicamente. Nunca me iria perdoar se tivesse feito o contrário".

Quanto a um eventual desconforto dos accionistas, Ulrich esclareceu que "quem recusou a OPA foram os accionistas, nós recomendámos que o fizessem, mas a recusa foi dos accionistas". Sobre o peso da sua recomendação no sentido de uma rejeição, adiantou que "as decisões são tomadas com os dados que se têm na altura". E acrescentou: "eu também sou accionista do banco, sofri tanto ou mais do que qualquer accionista porque não há ninguém que dependa tanto do banco como eu, que só tenho acções do BPI e compradas com crédito". E guardou mais considerações "para quando os reguladores tomarem as decisões sobre os processos em curso". Uma referência aos vários inquéritos em curso pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Banco de Portugal sobre a gestão do BCP nos últimos anos.

Questionado sobre a iniciativa posterior do próprio BPI de propor uma fusão com o BCP liderado, na altura, por um elemento da administração que classificou de "desgovernada" (Filipe Pinhal), Ulrich defendeu que essa ideia "não envolvia destruição de valor" e que "não está em causa a instituição".

Já sobre as declarações recentes do presidente do Banco Privado Português, João Rendeiro - para quem os accionistas do BPI deviam lançar uma OPA sobre o banco a sete euros -, recorreu à ironia para sublinhar que "nestas alturas de stress nos mercados, as pessoas têm dificuldade em gerir esse stress. Não posso comentar a vida do BPI através de declarações de estranhos"

Gestão do BCP terá êxito

Ulrich aproveitou ainda para esclarecer que a redução da participação no BCP - causa principal da queda dos resultados do banco - não foi um sinal de falta de confiança na actual gestão do BCP, liderada pelo antigo presidente da CGD, Carlos Santos Ferreira.

"A decisão foi tomada em função do nosso perfil de risco e não por pensar que a gestão do BCP não vai ter êxito, porque vai com certeza. Mas nós não sabemos quanto tempo o mercado demorará a reconhecer [esse êxito]", esclareceu o presidente do BPI. E completou: "Não fazemos juízos negativos sobre a actual administração do BCP, nem sobre as perspectivas de subida das acções a médio prazo, que são reais. Fazemos é um juízo sobre como queremos apresentar-nos ao mercado".

Quanto à eventual inibição de cargos aos antigos responsáveis do BCP, Fernando Ulrich não quis pronunciar-se, tal como adiantou que irá esperar para ver se se confirma um eventual ressarcimento dos alegados danos desses administradores, já reclamado pelo investidor e accionista do BCP, Joe Berardo. |

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Lucro do BCP recua 67% para 101,35 milhões...


Lucro do BCP recua 67% para 101,35 milhões

O BCP obteve um lucro de 101,35 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, menos 67% que em igual período de 2007, depois de perdas por imparidades no valor de 177 milhões de euros, anunciou hoje o banco.

Excluindo a contabilização dessas perdas por imparidade, os resultados líquidos consolidados do Millennium Bcp no primeiro semestre de 2008 totalizaram 265,0 milhões de euros.

Essas perdas, no montante de 176,9 milhões de euros, líquido de impostos, estão associadas a activos financeiros e essencialmente relacionado com a desvalorização da participação financeira detida no Banco BPI, de quase 10%, esclarece o banco.

Há ainda a anulação de parte da remuneração variável, periodificada em 2007, no montante de 13,2 milhões de euros, líquido de impostos.

Do lado favorável, nos resultados líquidos esteve o comportamento positivo da margem financeira, que cresceu 10% face ao período homólogo de 2007.

O lucro ficou acima do esperado pelos analistas, que estimavam uma queda de 70%, para 91,7 milhões de euros, penalizado pelo aumento das provisões para crédito, sobretudo no último trimestre, e a desvalorização da participação no BPI.


22/07/2008 18:45:00

terça-feira, 22 de julho de 2008

As acções do Banco Comercial Português (BCP) seguiam a negociar em forte queda...


BCP "desliza" quase 6% com previsões de queda nos lucros e corte na avaliação
As acções do Banco Comercial Português (BCP) seguiam a negociar em forte queda, descendo cerca de 6%, pondo termo à recuperação iniciada nas últimas sessões. No dia em que apresenta os seus resultados do primeiro semestre do ano, o título era penalizado pelo corte do preço-alvo da UBS e do Deutsche Bank, bem como pelas previsões de queda nos lucros.
As acções do Banco Comercial Português (BCP) seguiam a negociar em forte queda, descendo cerca de 6%, pondo termo à recuperação iniciada nas últimas sessões. No dia em que apresenta os seus resultados do primeiro semestre do ano, o título era penalizado pelo corte do preço-alvo da UBS e do Deutsche Bank, bem como pelas previsões de queda nos lucros.

Após o encerramento do mercado de capitais, o banco liderado por Santos Ferreira apresenta os seus resultados dos primeiros seis meses do ano. De acordo com os analistas contactados pela Reuters e pelo Jornal de Negócios, os resultados líquidos do banco deverão ter recuado 68%, face a igual período do ano passado, para os 99,1 milhões de euros...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

CMVM multa BCP em três milhões de euros...


CMVM multa BCP em três milhões de euros
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) notificou o BCP da aplicação de uma coima de três milhões de euros no âmbito do processo de aquisição de acções do Millenium BCP, anunciou hoje o banco...

No entanto, a CMVM admite que a coima possa ser reduzida para meio milhão de euros, mediante algumas condições impostas ao BCP, de acordo com uma informação do banco colocada no site do regulador do mercado.

A multa só será desagravada caso o banco comunique ao regulador «o universo total de clientes/accionistas destinatários das campanhas de 2000 e 2001 que manifestaram pretensões indemnizatórias que ainda não tenham sido satisfeitas».

Outra das condições impostas é a comunicação à CMVM das situações de ressarcimento efectivo e o envio de relatório «descrevendo as medidas tomadas para melhorar os procedimentos de conservadoria e respectiva demonstração da eficácia».

O comunicado da instituição bancária explica que a CMVM decidiu uma suspensão parcial da coima atendendo ao aumento de capital do Banco este ano e a que o actual Conselho de Administração enviou a clientes seus uma proposta de ressarcimento de eventuais danos no âmbito do processo de aquisição de acções em 2000 e 2001.

O Millenium BCP não adianta no comunicado se contestará ou não a decisão da CMVM, uma opção que está a ser estudada pelos advogados do banco, que têm um prazo de 20 dias para apresentar um eventual recurso.

Em causa neste processo está uma eventual aquisição de acções do BCP com intervenção de sucursais do banco por pequenos investidores que não teriam perfil adequado ao investimento e com recurso a crédito concedido pela instituição.

Mesmo antes de concluído o processo da CMVM, o Conselho de Administração decidiu propor ao Conselho Geral e de Supervisão que o banco deixe de conceder crédito a clientes com garantia baseada em acções do próprio banco.

Lusa/SOL

terça-feira, 15 de julho de 2008

MILLENNIUM BCP perde metade do valor desde Janeiro


Banco perde metade do valor desde Janeiro

Capitalização bolsista do BCP caiu em 6 mil milhões de euros desde 15 de Janeiro.

Seis mil milhões de euros em apenas seis meses. É este o saldo negativo apresentado pelos títulos do BCP desde que Carlos Santos Ferreira assumiu os destinos do banco, a 15 de Janeiro último.

Se nessa altura a instituição apresentava uma capitalização bolsista de 11,23 mil milhões de euros, actualmente o banco está avaliado em 5,35 mil milhões, face aos 1,14 euros a que encerrou ontem a cotar. Ou seja, em apenas seis meses o BCP perdeu metade do seu valor de mercado: 5,88 mil milhões de euros; o que significa uma perda de quase mil milhões de euros por mês.

Para o analista do CaixaBI, André Rodrigues, a explicação para a queda de 52% dos títulos está no facto do BCP acompanhar a tendência generalizada dos mercados e, “neste contexto, os motivos explicativos desta queda são os mesmos que explicam a queda generalizada das bolsas a nível mundial”.

O corretor da Dif Broker, Pedro Lino, vai mais longe e enumera “a perda de confiança dos investidores no sector financeiro a nível mundial; o resgate de fundos; e até o facto do BPI estar a desfazer em bolsa a sua posição no BCP”, como alguns dos motivos que explicam o facto da desvalorização do BCP ser superior à do PSI 20 (que este ano perde 36%) e à do índice DJ Stoxx para a banca que recua 31% em 2008.

No entanto, o BCP não é o único banco português a registar perdas. Desde 15 de Janeiro, o BES viu o seu valor de mercado recuar em 2,23 mil milhões, seguido pelo BPI que perdeu 1,74 mil milhões.

Apenas a uma semana de divulgar os resultados semestrais, o mercado espera que Santos Ferreira apresente números superiores aos 15 milhões de euros registados no trimestre. Naquele que foi o pior resultado dos últimos cinco anos, o BCP reconheceu a desvalorização da participação no BPI, avaliada em quase 133 milhões, e a redução da periodicidade da remuneração variável.

Caso o BCP não contabilize nos seus resultados a sua posição no BPI, Pedro Lino prevê que se possa “assistir a uma recuperação dos resultados face ao último trimestre”.

Bons resultados semestrais poderão representar um balão de oxigénio para os títulos, que tocaram ontem em mínimos de cinco anos e recuaram 4%.


A pesada herança das investigações
Herdou a exposição da participação no BPI, fruto de uma OPA que não foi decidida por si, e os efeitos de uma crise de poder que destabilizou e penalizou o banco. Mas, mais do que isso, Santos Ferreira foi eleito num contexto de investigações ao BCP, por irregularidades alegadamente cometidas no período de 1999 a 2004. Para além dos efeitos na reputação do banco, o BCP arrisca-se a pagar coimas que podem chegar, somadas, aos vários milhões de euros. Como prevenção, foi constituída no início do ano uma provisão de mais de 300 milhões de euros.

Manipulação do mercado, prestação de informação não verdadeira e venda de acções próprias a clientes de forma lesiva são algumas das irregularidades que poderão estar em causa. A CMVM enviou já para o Ministério Público os resultados da sua investigação, em que se apurou existirem indícios de crime.

O Banco de Portugal espera concluir as suas investigações até ao final do mês e poderá também enviar para a Procuradoria-Geral da República, caso existam indícios de crime.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O QUE SE PASSOU NO BCP É "ABAIXO DE TUDO"....



O que se passou no BCP para mim é ofensivo. Porque o que se passou no BCP é abaixo de tudo. Não é possível acontecer no BPI, independentemente de quem seja o auditor.

Porquê?
Está cá o dr. Santos Silva, temos um determinado modelo de governo e temos os accionistas que temos. E porque, modéstia à parte, a comissão executiva também é composta pelas pessoas que é.

Como vê a forma como estão as investigações ao BCP?
Demore o tempo que demorar, quando chegar ao fim, temos todos que perceber o que aconteceu. Aquilo que os reguladores têm dito são verdadeiras monstruosidades. As afirmações que foram feitas foram de tal maneira contundentes que o dever de quem as fez é não deixar réstia de dúvida. É absolutamente fundamental para a credibilidade das instituições todas, do sistema financeiro. Mais importante do que castigar ‘A’ ou ‘B’, até porque penso que há pessoas que estão irremediavelmente castigadas e descredibilizadas.

Como é que vê o facto de os reguladores avançarem suspeitas antes de terminadas as investigações? Até porque, como referiu, este processo afecta a credibilidade dos ex-responsáveis do BCP, culpados ou não?
Alguns deles nem sequer se defenderam. Deixaram-se condenar na praça pública. Não usaram sequer o direito à indignação.

Tem sido útil o inquérito parlamentar?
Defendi que era preferível não fazer inquérito porque era preferível que a supervisão estivesse concentrada neste trabalho de analisar o que aconteceu. A verdade é que o inquérito também está a servir para analisar quem eventualmente prevaricou e não só os supervisores. Ao ver as afirmações dos responsáveis do BCP, a conclusão que se tira é que em vários aspectos o banco não era gerido.

Porquê?
Um banco em que os principais responsáveis dizem que não sabem, não conhecem situações que considero obrigatórias que conhecessem, se acusam mutuamente e que acusam terceiros, ou seja, subalternos, eu considero que é uma empresa que não é liderada nem bem gerida.
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Comentários

Jose
Parabéns, Dr. Fernando Ulrich. Portugal pode estar a morrer, mas até lá, cumpre a alguém manter o barco á tona.

Leandro Coutinho (L_Coutinhofr@Yahoo.fr)
Esta entrevista de Ulrich é toda ela para "passar mensagem".. só que salta á vista que se trata de desespero.. desespero porque a situação actual é complicada para a generalidade do sector bancário, pior para um banco como o Bpi e ainda pior para um "banqueiro" fala-barato como o Ulrich.. Foi ele que ofendeu tudo e todos quando se deparou com a OPA do Bcp e esbravejou que, se a mesma tivesse sucesso, seria mau para todos.. para o País porque haveria menor concorrencia dado que a Instituição resultante da mesma teria força desproporcionada no mercado, para os funcionários porque promoveria despedimentos em massa, para os clientes porque o Bcp pratica preços (ie comissões) mais altos que os outros bancos.. etc..De repente, passados uns meses, o Ulrich faz proposta de "Fusão" ao Bcp.. Pelos contornos apreesentados da mesma, o resultado seria rigorosamente igual com a excepção de que seria ele Ulrich e a sua equipa a comandar o barco..!! Isto é, o que era mau passava a ser bom desde que ele segurasse a cadeirinha do poder!! Mas, nesse tipo de tiradas já ele é repetente.. Por exº, no caso dos salários e legislação laboral.. O Ulrich acha que se deveriam baixar os salários da força de trabalho para aumentar competitividade.. mas, os das administrações não.. isso é do foro dos accionistas.. até podem subir.. (isto é, a remuneração do Ulrich não baixa, até pode subir).. Quanto á legislação laboral, o Ulrich disse que se deveriam liberalizar as admisssões-e-despedimentos de quem tem menos de 26 anos de idade..(porque não 25 ou 27?).. Assim, poderiam admitir gente com mais facilidade.. (admitir e despedir passados um ou dois anos.. do género "mastiga e deita fora").. Ele Ulrich, como tem 55, fica fora.. Fica sempre.. é indispensável, atendendo ao Curriculum extraordinário dele (académico - licenciatura a meio) + (profissional - funcionário público por nomeação e bancário "a convite").. Não há pachorra para o Ulrich..

Xico
Continuas a fglar bem mas não encantas...cheira-me a estratégia de ponta pé pra frente...a disgestão do prejuizo brutal na participação no BCP custa a digirir...como dizia o Arquitecto: Aguenta!!!

turista
Os administradores sempre fizeram o que queriam... acontece em todas as administrações... e nenenhum se rebela porque é muito bom receber mordomias acima da Europa... pudera, como é possível neste país da "treta" existir um fosso cada vez maior entre ricos e pobres. Aliás quem vai pagar pela crise do BCP vão ser os clientes, como os serviços mais caros, devido à incúria e ganância sôfrega de ganhar milhões rapidamente. Para mim são todos iguais, até prova em contrário...Ninguém sabe de nada, eu nem estava lá, estava de férias, fui tomar um café,etc., tudo serve para os responsáveis se desculpabilizarem... Adeus...

Sem papas na língua
Dr Fernando Ulrich, o senhor não deveria queixar-se, e já agora deixe-me dizer-lhe também que o BPI ficou mal, mas mesmo muito mal no culminar do processo da nomeação da nova administração do Millenium..., uma vergonha, e acima de tudo uma surpresa - pois agora é-nos permitido pensar que não ha diferenças de ética e moral entre ambas as instituições. Tenho muitas dúvidas que tais acontecimentos tivessem o mesmo desfecho com o Dr. Santos Silva...

C.Pacifico
Será que geralmente as investigações não chegam ao fim? O descuido é a morte.

ana rita
Lamenta-se que o Dr. Fernando Ulrich só agora fala daquilo que toda a população Nacional sabe. - O BCP esteve a ser assaltado a torto e a direito durante anos e anos às expensas dos seus pequenos accionistas e clientes -. Grave é que o BPI era e é um dos principais accionistas do BCP, e tal qual como os outros, só o comendador Berardo abriu a Caixa de Pamdora. Se Berardo se mantivesse tal qual Fernando Ulrich, o caso BCP nunca chegaria sequer a existir. Aqui com uma diferença, Berardo tem o seu dinheiro no BCP, enauqnto o BPI tem investido o dinheiro dos seus clientes. Dr. Fernando Ulrich, por tardia a sua indignação, e à boleia de Berardo, o senhor prestou um mau serviço à sociedade e em particular, à credibilidade do sector financeiro que agora tanto a exige.

TB
Abaixo de tudo é o nível deste pretenso Senhor Banqueiro! Já para não falar que os accionistas do BPI devem neste momento estar radiantes, por não terem vendido as suas acções na OPA lançada pelo BCP... Isso sim, deveria ser uma preocupação para este senhor, que já percebeu que está a prazo certo... provavelmente com outros accionistas a mandarem no banco... C'ést la vie monsieur Ulrich...

Joao Regufe
Lamento profundamente que os senhores que proporcionaram que todos estes eventos acontecessem dentro de uma entidade que se devia apresentar do mais idónea possível.Como um cliente estritamente cumpridor,sinto-me revoltado por comportamentos tão desprezíveis á custa dos que mereciam mais respeito.O governo devia ter uma palavra a dizer, em tempo,na defesa de quem neste tema não tem defesa por natureza.Viva a selva!Mas mesmo na selva só se mata para comer!

M
O que se passou com o Millennium é, acima de tudo, o retrato das razões pelas quais a economia nacional, em particular o sistema financeiro português se encontram num estado pré-catastrófico. Todos os agentes supervisores e reguladores sabiam o que se passava na referida instituição financeira e nada fizeram. A meu ver ocorreu um fenómeno, do meu ponto de vista ainda mais grave, que foi o facto de os accionistas preferirem números erradamente bons do que números realisticamente piores, mas certos. Seria como o paciente que vai ao médico mas que peremptoriamente diz ao médico para que este não lhe dê más notícias: "se é mau prefiro não saber". A ignorância mata!

Q.J.
Vigarices,trapaças,aldrabices, coacção sobre clientes que, para obterem crédito, tiveram que comprar acções do banco, com obrigatoriedade de as manterem por 10 anos, que depois desvalorizaram para menos de metade,etc.,etc.... Como se uma pessoa que precisa de crédito para comprar ou construir casa tivesse que ter disponibilidade para comprar as acções que, por via da BOA E COMPETENTE GESTÃO, iriam dar o trambolhão que deram. Resultado: não só estão a perder muito dinheiro com as acções ficando ainda mais endividados, como os juros subiram como subiram e o endividamento aumentou para valores astronómicos e incomportáveis. O que aconteceria a um cidadão comum que numa qualquer pequena ou média empresa cometesse actos semelhantes na gestão da mesma? Seria condecorado, louvado indemnizado para sair, ou seria preso? Teria que repor do bolso ou a empresa teria que pagar aos prejudicados? Tribunais e fisco não desarmavam! O que está a acontecer aos gestores do BCP, sabemos nós , e o que não irá acontecer também sabemos. Este é mais um retrato do país governado pela ilustre geração que andou de punho fechado em 1968 e em 1974, só que se, por acaso, tiverem alguma foto que o comprove, essa foto estará muito bem escondida.

PROVAS DOCUMENTADAS POR UM EX . FUNCIONÁRIO...


"Ser accionista BCP é ter acesso a um importante conjunto de benefícios que vão tornar o seu investimento ainda mais rentável:.." está bem explícita a garantia da rentabilidade do investimento em Acções BCP, aliás foi este o argumento predominante dos colaboradores do BCP para a colocação das Acções "investimento seguro e garantido".

O BCP utilizou ao longo da "Campanha Accionista BCP" contratos simulados com elevados valores, onde nos contratos de crédito está mencionado que o destino do financiamento é "necessidades de tesouraria", mas destinou-se a aquisição de acções BCP, fugindo assim ao controlo do BdP e da CMVM quanto ao montante máximo legal autorizado para o financiamento de acções próprias.

Existe financiamentos concedidos a empresas para "necessidades de tesouraria" de montantes elevados e quando o financiamento foi creditado na conta da Empresa o crédito de seguida foi transferido para a conta particular do sócio e aí foi utilizado na compra de Acções BCP.

O BCP em créditos de "aquisição de acções BCP" quando estes entram em mora, transfigura-os em "créditos ao consumo". Quando estes créditos são cedidos a empresas como: "intrum justitia", "domus venda", "withe star" também são cedidos como "créditos ao consumo".

Nas audiências de Julgamentos há funcionários do BCP, arrolados como testemunhas deste, que afirmam que não houve pressão sobre os clientes para que adquirissem as acções, que as operações de crédito para a aquisição de acções BCP foram objecto de análise casuística, no que dizia ser de "garantia", as próprias acções BCP. Estes testemunhos naturalmente que interferem na decisão dos digmºs Magistrados em detrimento das vítimas que se encontram fragilizadas e sem meios de defesa face ao poderio económico, conhecimentos e staff de advogados de que o BCP dispõe. O BCP tem vindo a negar a entrega de documentos, por exemplo: cópia dos "contratos de crédito", cópia das "ordens de compra em bolsa" o que dificulta a correcta elaboração e apreciação dos processos judiciais. O BCP vendeu acções próprias a crédito na conta de uma criança com 11 anos e na de uma senhora analfabeta com 90 anos que auferia uma pensão modesta.

Foram efectuadas penhoras de ordenados referentes a créditos de aquisição de acções em que não foi salvaguardado o montante mínimo legal estipulado para o cliente.

Muito se falou nas Offshore, mas pela documentação interna do BCP que junto, creio que o “Alvo” lesado foi os pequenos accionistas que se encontram fragilizados e indefesos, que vem ao longo destes anos vivendo um terrível pesadelo, reflectindo-se também nos agregados familiares e que alguns já vêm alertando a CMVM e BdP há vários anos, sem resultados práticos. Presentemente há pessoas que ao tempo eram jovens estudantes e sem qualquer rendimento, que hoje querem organizar as suas vidas e estão impossibilitados de o fazer por constrangimentos diversos nomeadamente na listagem de risco do BdP. Há pessoas a recorrerem a tratamentos psiquiátricos por via da situação criada pela aquisição das acções BCP em 2000/2001.

Tem sido corrente na comunicação social referir "os pequenos accionistas lesados com o Aumento de Capital do BCP em 2000 e 2001". Tomo a liberdade de esclarecer que em 2000 não houve qualquer Aumento de Capital para subscrição ao público em geral, como se pode confirmar em: http://www.bcp.pt/pubs/pt/investidores/titulobcp/stocksplit/

http://www.millenniumbcp.pt/pubs/pt/investidores/titulobcp/stocksplit/;jsessionid=Q4K5VCOMEUMOFQFIAMFSFFWAVABQWIY4

houve sim em 26.05.2000 instruções à rede BCP para fomentar a troca de Acções BPSM por acções BCP...

...O lançamento da denominada "Campanha Accionista BCP" em 07.07.2000 em que se lê:" …Esta Campanha visa essencialmente: …b) o aumento de capital colocado junto do público (medido em termos de acções colocadas)."A Campanha será conduzida através das Redes do Grupo e decorrerá entre 10 de Julho e 30 de Setembro de 2000.""2.IMPORTANCIA ESTRATÉGICA DA CAMPANHA…."3.CARACTERIZAÇÃO DA CAMPANHA…""3.1-Sistema de Objectivos …NOTA: Cada Balcão só terá cumprido com os Objectivos …Dada a importância estratégica desta Campanha foi instituído um sistema de incentivos que se traduzirá, no final da Campanha, de:

25 Euros por cada novo accionista e 0,10 Euros por cada acção colocada…" "4. ARGUMENTÁRIO DE VENDA…" 5. VANTAGENS PARA A REDE SOTTO MAYOR… pela oferta de uma aplicação interessante para os clientes…pelos Incentivos Comerciais.

Não se esqueçam:

Estamos a vender o nosso desempenho …Vamos aproveitar os contactos dos nossos clientes para acções de venda sistematizadas. …"

"Vamos duplicar a base accionista do BCP…"

" "FLASH COMERCIAL" … Faltam 23 dias Para terminar a Campanha Accionista…A CAPTAÇÃO DE NOVOS ACCIONISTAS está muito aquém do Objectivo. Necessitamos de um esforço adicional. …"

" Os factores de natureza estratégica que presidiram ao lançamento da "Campanha Accionista BPSM" mantém-se válidos, mesmo para além do período da acção em curso (30 de Setembro).

Todos os Balcões, no âmbito da sua actuação comercial, deverão ter presente que constituem objectivos estratégicos permanentes para a Rede Sottomayor o aumento da base de Clientes accionistas do BCP e a colocação do maior número possível de acções BCP junto dos nossos Clientes.

Salientamos que o título BCP é um título de referência do sector financeiro devido à evolução das cotações e ao potencial de valorização, sendo recomendado por vários especialistas financeiros: ..."

"FLASH COMERCIAL"…A CAPTAÇÃO DE NOVOS ACCIONISTAS necessita de um esforço adicional."

"CAMPANHA ACCIONISTA BCP 2001… A ´´Campanha Accionista MILLENNIUMBCP 2001" é uma acção continuada durante todo o ano que visa essencialmente:

a) O incremento da base accionista com um significativo aumento do número de accionistas.

b) O aumento de capital colocado junto do público (medido em termos de acções colocadas).

2. OBJECTIVOS:

A Campanha tem como Objectivo final para a Rede Sottomayor (Dezembro de 2001) a angariação de 8.000 novos accionistas, com a correspondente aquisição de 6.000.000 acções.

A 1ª Fase desta Campanha, com esforço adicional, será de 24 de Janeiro a 17 de Março, sendo os Objectivos específicos desta fase, 2/3 do Objectivo anual….

A base de partida para esta Campanha é a posição das Agências no dia 5 de Janeiro de 2001, no que respeita a quantidade de acções e ao número de accionistas.

. A informação respeitante às Acções apresenta o saldo resultante das ordens de compra

Efectivadas desde o dia 5 de Janeiro até ao final da 1ª Fase da Campanha, menos as ordens de venda das mesmas. …

. Cada Agência só terá cumprido com os Objectivos da 1ª Fase da Campanha se, no final desta tiver cumprido integralmente com os Objectivos estabelecidos para a "Captação de novos Accionistas" e com os Objectivos estabelecidos para a "Aquisição de acções". ….

3 – APOIO COMERCIAL

Estará brevemente disponível no IMS – Aplicação AM – Campanhas de Marketing a identificação das Contas DO que obedecem aos critérios abaixo definidos e que pertencem a Clientes identificados como sendo potenciais aderentes:

. Contas DO com aplicações de títulos ou Fundo de Acções, sem acções BCP.

. Contas DO com Depósitos a Prazo e Fundos (somatório igual ou superior a 1.500

contos) ou saldo médio anual ou igual ou superior a 300 contos, sem acções BCP.

. Brevemente enviaremos o "Argumentário de venda".

4 – IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA CAMPANHA

. Contribui para alargamento da base accionista de retalho do BCP

. Fideliza clientes. …

Relembramos que os recursos financeiros não são inesgotáveis e devemos antecipar-nos junto dos nossos clientes que representam um enorme potencial de colocação."

… Período de Subscrição do Aumento de Capital: 2.03 a 16.03 …"

"MUITO IMPORTANTE E URGENTE"…

ESTAMOS EM CAMPANHA ACCIONISTA

O aumento de Capital vem ajudar ao cumprimento dos Objectivos desta Campanha (angariação de 5.333 novos Accionistas e aquisição de 4.000.000 de Acções que representam 2/3 do Objectivo final do ano)

Dada a importância estratégica desta Campanha

A REDE COMERCIAL DEVERÁ ACTUAR JÁ E COM RAPIDEZ

. Foi também instituído um sistema de incentivos…

2. ACTUAÇÃO DA REDE – 1ª FASE

2.1 . Sobre os Clientes accionistas do BCP …

Recomendação: A Rede deverá persuadir os clientes para que todos os accionistas vão ao aumento de capital, exercendo o seu direito de preferência, informando-os das vantagens inerentes a esta situação.

2.2 . Sobre Clientes não accionistas do BCP

Recomendação: A Rede deverá fazer um esforço junto dos clientes de modo a que estes adquiram as acções até ao próximo dia 23 de Fevereiro, (data prevista) permitindo assim que as comprem com o "pacote completo"…

Recomendação final: A Rede deverá aproveitar todos os contactos para acções de venda sistematizada de acções BCP e deverá...

5 – ARGUMENTÁ RIO


"INVESTIR EM BCP: EXCELENTES FACTOS E ARGUMENTOS

1. Incentivos:

2. Objectivos das Redes

De forma a incentivar conjuntamente o exercício dos direitos inicialmente detidos e a compra de mais direitos em Bolsa, os objectivos de colocação de cada Rede serão correspondentes à subscrição de acções em número equivalente a 115% dos direitos creditados na conta dos accionistas/cliente de cada Rede no primeiro dia da operação (2 de Março). …

São excertos dos "relatórios e contas" do BCP em que se verifica um forte movimento de acções próprias (compras 121.632.470, vendas 141.878.470), já em 2001 só adquiriu 7.300.520 sendo que 4.834.006 dessas foram provenientes do exercício de direitos no Aumento de Capital, tendo alienado 30.329.806 sendo 25.004.290 para dotação do Fundo de Pensões. Em 2002 adquiriu 5.672.991 tendo alienado a totalidade da carteira de acções BCP para o Fundo de Pensões, assim em 31.12.2002 não detinha acções BCP em carteira e nos anos de 2003,2004, 2005 e 2006 não negociou qualquer acção BCP. Julgo que as acções transaccionadas nas contas Offshore em investigação não estão reflectidas nestes relatórios.

"Aqui, mais que as palavras, o que conta são as acções"...

…Nota: oferta válida até ao fim de Setembro de 2000…

Ser accionista BCP é ter acesso a um importante conjunto de benefícios que vão tornar o seu investimento ainda mais rentável...

Isto tudo prova que houve muita persuasão e indução em erro nos clientes...

O BCP é interveniente e julgo que demonstram claramente indícios da "TEIA" que o BCP montou e em que foram apanhados milhares de clientes particulares, colaboradores, empresas e emigrantes. Creio que também são evidentes os indícios de manipulação da cotação do título BCP nos anos 2000 e 2001 e que segundo as notícias vindas a pública foram desencadeadas outras operações paralelas com "Offshore".

Como existe muitas pessoas que passam por graves danos de saúde física e psíquica, desarmonia familiar para além elevadas perdas patrimoniais, passando por graves privações que se reflectem também nos seus familiares. Pessoas que não têm posses financeiras para recorrer a advogados para além do desconhecimento que têm do contexto em que a prática do BCP se revestiu. Tendo conhecimento de que o BCP mesmo com a actual Administração continua a executar esses clientes e a pressionar para que façam o pagamento dos créditos, Denuncio a estratégia do BCP referente à colocação de Acções próprias nos pequenos investidores, para que investiguem e apurarem responsabilidades, dada a gravidade da situação de muitas famílias que se consideram vitimadas .
Há execuções de livranças que os clientes entregaram em branco sem que tivessem sem conhecimento do "pacto de preenchimento da livrança" nem assinado esse pacto. Existe contratos que foram fotocópias tiradas nas Agências sem os clientes terem conhecimento do clausulado nem tão pouco assinado esse clausulado. Nos contratos +- a meio existe este texto "…, e tendo já feito entrega da necessária ordem de compra em bolsa,..", mas há clientes que nunca assinaram qualquer ordem de compra, havendo compras feitas "ao melhor" ou ao preço de venda no momento da compra, de notar que enquanto decorreu a Campanha no ano 2000 até Setembro o título foi "valorizando" progressivamente o que indicia manipulação face à Campanha que o BCP encetou nesse período...




PROVAS DOCUMENTADAS POR UM EX . FUNCIONÁRIO...


"Ser accionista BCP é ter acesso a um importante conjunto de benefícios que vão tornar o seu investimento ainda mais rentável:.." está bem explícita a garantia da rentabilidade do investimento em Acções BCP, aliás foi este o argumento predominante dos colaboradores do BCP para a colocação das Acções "investimento seguro e garantido".

O BCP utilizou ao longo da "Campanha Accionista BCP" contratos simulados com elevados valores, onde nos contratos de crédito está mencionado que o destino do financiamento é "necessidades de tesouraria", mas destinou-se a aquisição de acções BCP, fugindo assim ao controlo do BdP e da CMVM quanto ao montante máximo legal autorizado para o financiamento de acções próprias.

Existe financiamentos concedidos a empresas para "necessidades de tesouraria" de montantes elevados e quando o financiamento foi creditado na conta da Empresa o crédito de seguida foi transferido para a conta particular do sócio e aí foi utilizado na compra de Acções BCP.

O BCP em créditos de "aquisição de acções BCP" quando estes entram em mora, transfigura-os em "créditos ao consumo". Quando estes créditos são cedidos a empresas como: "intrum justitia", "domus venda", "withe star" também são cedidos como "créditos ao consumo".

Nas audiências de Julgamentos há funcionários do BCP, arrolados como testemunhas deste, que afirmam que não houve pressão sobre os clientes para que adquirissem as acções, que as operações de crédito para a aquisição de acções BCP foram objecto de análise casuística, no que dizia ser de "garantia", as próprias acções BCP. Estes testemunhos naturalmente que interferem na decisão dos digmºs Magistrados em detrimento das vítimas que se encontram fragilizadas e sem meios de defesa face ao poderio económico, conhecimentos e staff de advogados de que o BCP dispõe. O BCP tem vindo a negar a entrega de documentos, por exemplo: cópia dos "contratos de crédito", cópia das "ordens de compra em bolsa" o que dificulta a correcta elaboração e apreciação dos processos judiciais. O BCP vendeu acções próprias a crédito na conta de uma criança com 11 anos e na de uma senhora analfabeta com 90 anos que auferia uma pensão modesta.

Foram efectuadas penhoras de ordenados referentes a créditos de aquisição de acções em que não foi salvaguardado o montante mínimo legal estipulado para o cliente.

Muito se falou nas Offshore, mas pela documentação interna do BCP que junto, creio que o “Alvo” lesado foi os pequenos accionistas que se encontram fragilizados e indefesos, que vem ao longo destes anos vivendo um terrível pesadelo, reflectindo-se também nos agregados familiares e que alguns já vêm alertando a CMVM e BdP há vários anos, sem resultados práticos. Presentemente há pessoas que ao tempo eram jovens estudantes e sem qualquer rendimento, que hoje querem organizar as suas vidas e estão impossibilitados de o fazer por constrangimentos diversos nomeadamente na listagem de risco do BdP. Há pessoas a recorrerem a tratamentos psiquiátricos por via da situação criada pela aquisição das acções BCP em 2000/2001.

Tem sido corrente na comunicação social referir "os pequenos accionistas lesados com o Aumento de Capital do BCP em 2000 e 2001". Tomo a liberdade de esclarecer que em 2000 não houve qualquer Aumento de Capital para subscrição ao público em geral, como se pode confirmar em: http://www.bcp.pt/pubs/pt/investidores/titulobcp/stocksplit/

http://www.millenniumbcp.pt/pubs/pt/investidores/titulobcp/stocksplit/;jsessionid=Q4K5VCOMEUMOFQFIAMFSFFWAVABQWIY4

houve sim em 26.05.2000 instruções à rede BCP para fomentar a troca de Acções BPSM por acções BCP...

...O lançamento da denominada "Campanha Accionista BCP" em 07.07.2000 em que se lê:" …Esta Campanha visa essencialmente: …b) o aumento de capital colocado junto do público (medido em termos de acções colocadas)."A Campanha será conduzida através das Redes do Grupo e decorrerá entre 10 de Julho e 30 de Setembro de 2000.""2.IMPORTANCIA ESTRATÉGICA DA CAMPANHA…."3.CARACTERIZAÇÃO DA CAMPANHA…""3.1-Sistema de Objectivos …NOTA: Cada Balcão só terá cumprido com os Objectivos …Dada a importância estratégica desta Campanha foi instituído um sistema de incentivos que se traduzirá, no final da Campanha, de:

25 Euros por cada novo accionista e 0,10 Euros por cada acção colocada…" "4. ARGUMENTÁRIO DE VENDA…" 5. VANTAGENS PARA A REDE SOTTO MAYOR… pela oferta de uma aplicação interessante para os clientes…pelos Incentivos Comerciais.

Não se esqueçam:

Estamos a vender o nosso desempenho …Vamos aproveitar os contactos dos nossos clientes para acções de venda sistematizadas. …"

"Vamos duplicar a base accionista do BCP…"

" "FLASH COMERCIAL" … Faltam 23 dias Para terminar a Campanha Accionista…A CAPTAÇÃO DE NOVOS ACCIONISTAS está muito aquém do Objectivo. Necessitamos de um esforço adicional. …"

" Os factores de natureza estratégica que presidiram ao lançamento da "Campanha Accionista BPSM" mantém-se válidos, mesmo para além do período da acção em curso (30 de Setembro).

Todos os Balcões, no âmbito da sua actuação comercial, deverão ter presente que constituem objectivos estratégicos permanentes para a Rede Sottomayor o aumento da base de Clientes accionistas do BCP e a colocação do maior número possível de acções BCP junto dos nossos Clientes.

Salientamos que o título BCP é um título de referência do sector financeiro devido à evolução das cotações e ao potencial de valorização, sendo recomendado por vários especialistas financeiros: ..."

"FLASH COMERCIAL"…A CAPTAÇÃO DE NOVOS ACCIONISTAS necessita de um esforço adicional."

"CAMPANHA ACCIONISTA BCP 2001… A ´´Campanha Accionista MILLENNIUMBCP 2001" é uma acção continuada durante todo o ano que visa essencialmente:

a) O incremento da base accionista com um significativo aumento do número de accionistas.

b) O aumento de capital colocado junto do público (medido em termos de acções colocadas).

2. OBJECTIVOS:

A Campanha tem como Objectivo final para a Rede Sottomayor (Dezembro de 2001) a angariação de 8.000 novos accionistas, com a correspondente aquisição de 6.000.000 acções.

A 1ª Fase desta Campanha, com esforço adicional, será de 24 de Janeiro a 17 de Março, sendo os Objectivos específicos desta fase, 2/3 do Objectivo anual….

A base de partida para esta Campanha é a posição das Agências no dia 5 de Janeiro de 2001, no que respeita a quantidade de acções e ao número de accionistas.

. A informação respeitante às Acções apresenta o saldo resultante das ordens de compra

Efectivadas desde o dia 5 de Janeiro até ao final da 1ª Fase da Campanha, menos as ordens de venda das mesmas. …

. Cada Agência só terá cumprido com os Objectivos da 1ª Fase da Campanha se, no final desta tiver cumprido integralmente com os Objectivos estabelecidos para a "Captação de novos Accionistas" e com os Objectivos estabelecidos para a "Aquisição de acções". ….

3 – APOIO COMERCIAL

Estará brevemente disponível no IMS – Aplicação AM – Campanhas de Marketing a identificação das Contas DO que obedecem aos critérios abaixo definidos e que pertencem a Clientes identificados como sendo potenciais aderentes:

. Contas DO com aplicações de títulos ou Fundo de Acções, sem acções BCP.

. Contas DO com Depósitos a Prazo e Fundos (somatório igual ou superior a 1.500

contos) ou saldo médio anual ou igual ou superior a 300 contos, sem acções BCP.

. Brevemente enviaremos o "Argumentário de venda".

4 – IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA CAMPANHA

. Contribui para alargamento da base accionista de retalho do BCP

. Fideliza clientes. …

Relembramos que os recursos financeiros não são inesgotáveis e devemos antecipar-nos junto dos nossos clientes que representam um enorme potencial de colocação."

… Período de Subscrição do Aumento de Capital: 2.03 a 16.03 …"

"MUITO IMPORTANTE E URGENTE"…

ESTAMOS EM CAMPANHA ACCIONISTA

O aumento de Capital vem ajudar ao cumprimento dos Objectivos desta Campanha (angariação de 5.333 novos Accionistas e aquisição de 4.000.000 de Acções que representam 2/3 do Objectivo final do ano)

Dada a importância estratégica desta Campanha

A REDE COMERCIAL DEVERÁ ACTUAR JÁ E COM RAPIDEZ

. Foi também instituído um sistema de incentivos…

2. ACTUAÇÃO DA REDE – 1ª FASE

2.1 . Sobre os Clientes accionistas do BCP

Recomendação: A Rede deverá persuadir os clientes para que todos os accionistas vão ao aumento de capital, exercendo o seu direito de preferência, informando-os das vantagens inerentes a esta situação.

2.2 . Sobre Clientes não accionistas do BCP

Recomendação: A Rede deverá fazer um esforço junto dos clientes de modo a que estes adquiram as acções até ao próximo dia 23 de Fevereiro, (data prevista) permitindo assim que as comprem com o "pacote completo"…

Recomendação final: A Rede deverá aproveitar todos os contactos para acções de venda sistematizada de acções BCP e deverá...

5 – ARGUMENTÁ RIO


"INVESTIR EM BCP: EXCELENTES FACTOS E ARGUMENTOS

1. Incentivos:

2. Objectivos das Redes

De forma a incentivar conjuntamente o exercício dos direitos inicialmente detidos e a compra de mais direitos em Bolsa, os objectivos de colocação de cada Rede serão correspondentes à subscrição de acções em número equivalente a 115% dos direitos creditados na conta dos accionistas/cliente de cada Rede no primeiro dia da operação (2 de Março). …

São excertos dos "relatórios e contas" do BCP em que se verifica um forte movimento de acções próprias (compras 121.632.470, vendas 141.878.470), já em 2001 só adquiriu 7.300.520 sendo que 4.834.006 dessas foram provenientes do exercício de direitos no Aumento de Capital, tendo alienado 30.329.806 sendo 25.004.290 para dotação do Fundo de Pensões. Em 2002 adquiriu 5.672.991 tendo alienado a totalidade da carteira de acções BCP para o Fundo de Pensões, assim em 31.12.2002 não detinha acções BCP em carteira e nos anos de 2003,2004, 2005 e 2006 não negociou qualquer acção BCP. Julgo que as acções transaccionadas nas contas Offshore em investigação não estão reflectidas nestes relatórios.

"Aqui, mais que as palavras, o que conta são as acções"...

…Nota: oferta válida até ao fim de Setembro de 2000…

Ser accionista BCP é ter acesso a um importante conjunto de benefícios que vão tornar o seu investimento ainda mais rentável...

Isto tudo prova que houve muita persuasão e indução em erro nos clientes...

O BCP é interveniente e julgo que demonstram claramente indícios da "TEIA" que o BCP montou e em que foram apanhados milhares de clientes particulares, colaboradores, empresas e emigrantes. Creio que também são evidentes os indícios de manipulação da cotação do título BCP nos anos 2000 e 2001 e que segundo as notícias vindas a pública foram desencadeadas outras operações paralelas com "Offshore".

Como existe muitas pessoas que passam por graves danos de saúde física e psíquica, desarmonia familiar para além elevadas perdas patrimoniais, passando por graves privações que se reflectem também nos seus familiares. Pessoas que não têm posses financeiras para recorrer a advogados para além do desconhecimento que têm do contexto em que a prática do BCP se revestiu. Tendo conhecimento de que o BCP mesmo com a actual Administração continua a executar esses clientes e a pressionar para que façam o pagamento dos créditos, Denuncio a estratégia do BCP referente à colocação de Acções próprias nos pequenos investidores, para que investiguem e apurarem responsabilidades, dada a gravidade da situação de muitas famílias que se consideram vitimadas .

Há execuções de livranças que os clientes entregaram em branco sem que tivessem sem conhecimento do "pacto de preenchimento da livrança" nem assinado esse pacto. Existe contratos que foram fotocópias tiradas nas Agências sem os clientes terem conhecimento do clausulado nem tão pouco assinado esse clausulado. Nos contratos +- a meio existe este texto "…, e tendo já feito entrega da necessária ordem de compra em bolsa,..", mas há clientes que nunca assinaram qualquer ordem de compra, havendo compras feitas "ao melhor" ou ao preço de venda no momento da compra, de notar que enquanto decorreu a Campanha no ano 2000 até Setembro o título foi "valorizando" progressivamente o que indicia manipulação face à Campanha que o BCP encetou nesse período...



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DEVE-SE LUTAR SEMPRE PELA VERDADE NO BCP....................... "A crise aperta, a crise é forte, a crise é farta, mas algumas instituições bancárias acharam que o melhor era enterrar ainda mais os endividados na lama". Pedro Ivo Carvalho, "Jornal de Notícias", 28-11-2009